Existem diversas espécies de anfíbios arborícolas que passam a maior parte do seu tempo nas copas das árvores. Para manter estas espécies, devemos fornecer-lhes bastante espaço vertical para que possam trepar e saltar como no habitat natural. Isto levanta um novo desafio para a montagem de terrários, especialmente do ponto de vista estético quando se desejam utilizar plantas naturais. A plantação vertical requer um suporte físico que mantenha as plantas suspensas e que permita a aplicação de substrato.
A minha técnica é fazer uma parede vertical de poliuretano expandido que irá aderir ao vidro e manter tudo no lugar. Este método envolve um planeamento do local e do tipo de plantas a utilizar, uma vez que a colocação dos vasos é feita no momento em que a espuma é colocada no tanque.
Contudo, a cor esbranquiçada da espuma de poliuretano não confere um ar natural ao terrário, pelo que é necessário dar-lhe outro aspecto. Uma das técnicas que prefiro utilizar consiste em cobrir toda a espuma com silicone castanho e, enquanto húmido, cobri-lo de substrato seco (húmus de côco, turfa, etc...)
As melhores plantas para utilizar em paredes verticais são as bromélias e trepadeiras como ficus pumila e hedera helix, visto que possuem sistemas radiculares pouco volumosos que permitem a sua utilização em vasos de volume reduzido.
Ficam aqui exemplos de terrários que montei com paredes de poliuretano:
novembro 13, 2009
abril 07, 2009
Aqua-terrário - estilo paisagístico
Neste post venho mostrar e descrever a montagem de um aqua-terrário de aprox 100L, onde mantive a espécie Bombina orientalis.
Em qualquer montagem, um dos passos mais importantes é o planeamento prévio do aspecto que queremos dar ao tanque. Um simples esboço no papel pode, não só, ajudar a antecipar problemas que poderiam vir a afectar o processo de montagem, bem como avaliar a disposição final dos elementos
Eis o esboço que fiz para este aqua-terrário
Desta forma, consegui determinar as medidas da parte seca e definir a flora e outros elementos decorativos mesmo antes de ter todo o material.
Depois de feito o esboço, o passo seguinte é a recolha de material para o aqua-terrário. Em montagens anteriores semelhantes, separei a parte terrestre da aquática por meio de vidro colado com silicone, espuma de poliuretano e uma mistura dos dois. Eventualmente, com o crescimentos do sistema radicular das plantas, o isolamento cedeu e acabei com a parte terrestre alagada. Por esse motivo, desta vez optei por fazer a parte terrestre em caixas de plástico tipo Tupperware, que se encontram com diferentes formas e tamanhos nos hipermercados, lojas de chineses, etc.
Para obter um ar natural no terrário, foi necessário camuflar o plástico exterior das caixas. Esse efeito é possível obter de diversas maneiras, sendo a melhor cobrir com espuma de poliuretano expandido e "pintá-lo" com verniz apropriado ou silicone de cor. Uma vez que tinha urgência na montagem deste terrário, tive de excluir o uso da espuma de poliuretano por demorar algum tempo a secar e colei pedaços de espuma utilizados para preencher pacotes de encomendas (ver figura), cobrindo-os posteriormente com silicone castanho.
Depois de concluídas, as caixas tiveram de ser coladas ao fundo do tanque para não flutuar. Para isso podem utilizar-se colas não tóxicas que resistam à água ou então espuma de poliuretano, que foi o que utilizei.
Tendo a estrutura completa, restava fazer a decoração do aqua-terrário.
A parte terrestre foi preenchida com húmus de côco para servir de solo de plantação e também esconder os vestígios de espuma de poliuretano que ficaram visíveis depois da colagem. Depois de colocar elementos decorativos (pedras, troncos, plantas) de acordo com o esboço feito, decidi utilizar musgo terrestre para preencher os espaços livres.
A parte aquática foi coberta com areia do rio e plantada com Eleocharis acicularis e Anubias nana.
Eis o resultado final
Em qualquer montagem, um dos passos mais importantes é o planeamento prévio do aspecto que queremos dar ao tanque. Um simples esboço no papel pode, não só, ajudar a antecipar problemas que poderiam vir a afectar o processo de montagem, bem como avaliar a disposição final dos elementos
Eis o esboço que fiz para este aqua-terrário
Desta forma, consegui determinar as medidas da parte seca e definir a flora e outros elementos decorativos mesmo antes de ter todo o material.
Depois de feito o esboço, o passo seguinte é a recolha de material para o aqua-terrário. Em montagens anteriores semelhantes, separei a parte terrestre da aquática por meio de vidro colado com silicone, espuma de poliuretano e uma mistura dos dois. Eventualmente, com o crescimentos do sistema radicular das plantas, o isolamento cedeu e acabei com a parte terrestre alagada. Por esse motivo, desta vez optei por fazer a parte terrestre em caixas de plástico tipo Tupperware, que se encontram com diferentes formas e tamanhos nos hipermercados, lojas de chineses, etc.
Para obter um ar natural no terrário, foi necessário camuflar o plástico exterior das caixas. Esse efeito é possível obter de diversas maneiras, sendo a melhor cobrir com espuma de poliuretano expandido e "pintá-lo" com verniz apropriado ou silicone de cor. Uma vez que tinha urgência na montagem deste terrário, tive de excluir o uso da espuma de poliuretano por demorar algum tempo a secar e colei pedaços de espuma utilizados para preencher pacotes de encomendas (ver figura), cobrindo-os posteriormente com silicone castanho.
Depois de concluídas, as caixas tiveram de ser coladas ao fundo do tanque para não flutuar. Para isso podem utilizar-se colas não tóxicas que resistam à água ou então espuma de poliuretano, que foi o que utilizei.
Tendo a estrutura completa, restava fazer a decoração do aqua-terrário.
A parte terrestre foi preenchida com húmus de côco para servir de solo de plantação e também esconder os vestígios de espuma de poliuretano que ficaram visíveis depois da colagem. Depois de colocar elementos decorativos (pedras, troncos, plantas) de acordo com o esboço feito, decidi utilizar musgo terrestre para preencher os espaços livres.
A parte aquática foi coberta com areia do rio e plantada com Eleocharis acicularis e Anubias nana.
Eis o resultado final
fevereiro 19, 2009
Aquário Biótopo 2 - Rio do Gabão
Neste post venho mostar um dos aquários biótopo que ainda mantenho actualmente.
Trata-se de um aquário de 70 L onde pretendi recriar um habitat da África Ocidental. Este tipo de biótopo é muito pouco recriado em aquariofilia, muito provavelmente devido à pouca disponibilidade de plantas e animais nas lojas de animais comuns. Para obter uma boa diversidade biológica é necessário fazer importações de criadores estrangeiros, o que muitas vezes eleva o orçamento do aquário. Contudo, surgem cada vez mais lojas especializadas que compram animais a criadores alemães aumentando assim a disponibilidade de espécies.
Ao contrário do biótopo amazónico, onde a variedade de paisagens submersas é muito elevada, dando liberdade ao aquarista para moldar a montagem a seu gosto, os rios da África Ocidental possuem de um modo geral o mesmo tipo de paisagem - margens com elevada densidade de raízes e troncos com maior abertura à medida que a profundidade aumenta.
Na imagem podemos ver a elevada densidade de vegetação nas margens do rio, que se entende para a parte submersa
Deste modo, para recriar este biótopo em aquários pequenos, onde apenas se podem manter espécie de pequeno porte, será necessária uma grande quantidade de troncos para que os peixes se sintam realmente seguros e evidenciem os seus comportamentos naturais.
Deixo algumas fotos de como ficou o aquário, alguns meses após a montagem.
E depois de uma remodelação, ao fim de 6 meses.
Fauna: 1 casal de Kribensis (Pelvicachromis pulcher) - que mais tarde se reproduziram
Barbus bariloides
Aphyosemion australe
Epiplatys dageti
Flora: Anubias barteri
Anubias barteri var. nana
Anubias barteri var. nana "petite"
Anubias barteri "coffeefolia"
Anubias minima
Bolbitis heudelotii
Pistia stratioides
Valisneria spiralis
Mais um link para o planeamento de biótopos: natureaquarium.it
Trata-se de um aquário de 70 L onde pretendi recriar um habitat da África Ocidental. Este tipo de biótopo é muito pouco recriado em aquariofilia, muito provavelmente devido à pouca disponibilidade de plantas e animais nas lojas de animais comuns. Para obter uma boa diversidade biológica é necessário fazer importações de criadores estrangeiros, o que muitas vezes eleva o orçamento do aquário. Contudo, surgem cada vez mais lojas especializadas que compram animais a criadores alemães aumentando assim a disponibilidade de espécies.
Ao contrário do biótopo amazónico, onde a variedade de paisagens submersas é muito elevada, dando liberdade ao aquarista para moldar a montagem a seu gosto, os rios da África Ocidental possuem de um modo geral o mesmo tipo de paisagem - margens com elevada densidade de raízes e troncos com maior abertura à medida que a profundidade aumenta.
Na imagem podemos ver a elevada densidade de vegetação nas margens do rio, que se entende para a parte submersa
Deste modo, para recriar este biótopo em aquários pequenos, onde apenas se podem manter espécie de pequeno porte, será necessária uma grande quantidade de troncos para que os peixes se sintam realmente seguros e evidenciem os seus comportamentos naturais.
Deixo algumas fotos de como ficou o aquário, alguns meses após a montagem.
E depois de uma remodelação, ao fim de 6 meses.
Fauna: 1 casal de Kribensis (Pelvicachromis pulcher) - que mais tarde se reproduziram
Barbus bariloides
Aphyosemion australe
Epiplatys dageti
Flora: Anubias barteri
Anubias barteri var. nana
Anubias barteri var. nana "petite"
Anubias barteri "coffeefolia"
Anubias minima
Bolbitis heudelotii
Pistia stratioides
Valisneria spiralis
Mais um link para o planeamento de biótopos: natureaquarium.it
fevereiro 15, 2009
Terrários - parte I
No hobby de manutenção de anfíbios, a palavra terrário é utilizada de modo abrangente, e pode designar 3 tipos de montagens diferentes:
O terrário (propriamente dito): montagem composta por uma zona terrestre em que as plantas podem estar plantadas no solo ou suspensas verticalmente em estruturas como troncos, paredes, rochas. Pode conter pequenas partes aquáticas em recipientes de pequena profundidade, geralmente utilizadas por anfíbios para se hidratarem. Este tipo de montagem é muito utilizado na construção de arranjos decorativos onde são mantidas exclusivamente plantas.
O aqua-terrário: esta montagem é composta por uma parte aquática e uma parte terrestre em que a água e o substrato não entram em contacto directo. Nela podem manter-se simultaneamente espécies terrestres e aquáticas, sendo possível misturar anfíbios e peixes. Este tipo de setup envolve uma montagem mais elaborada, visto que é necessário garantir que a água está completamente isolada do substrato terrestre (como se verá noutro capítulo).
O paludário: esta montagem é composta por uma parte aquática predominante, sendo a parte emersa composta essencialmente por plantas anfíbias e estruturas como troncos e rochas que emergem da água.
É importante decidir ponderadamente o tipo de montagem que se deseja visto que irá restringir o leque de espécies que se podem manter, tanto de plantas como de animais.
Nos próximos capítulos irei dar indicações de construção para estes 3 tipos de setup, bem como informações de plantas e animais que se podem manter.
Deixo algumas fotos de um aqua-terrário que mantive o ano passado, onde misturei anfíbios arborícolas, ciclídeos anões e camarões de água doce.
O terrário (propriamente dito): montagem composta por uma zona terrestre em que as plantas podem estar plantadas no solo ou suspensas verticalmente em estruturas como troncos, paredes, rochas. Pode conter pequenas partes aquáticas em recipientes de pequena profundidade, geralmente utilizadas por anfíbios para se hidratarem. Este tipo de montagem é muito utilizado na construção de arranjos decorativos onde são mantidas exclusivamente plantas.
O aqua-terrário: esta montagem é composta por uma parte aquática e uma parte terrestre em que a água e o substrato não entram em contacto directo. Nela podem manter-se simultaneamente espécies terrestres e aquáticas, sendo possível misturar anfíbios e peixes. Este tipo de setup envolve uma montagem mais elaborada, visto que é necessário garantir que a água está completamente isolada do substrato terrestre (como se verá noutro capítulo).
O paludário: esta montagem é composta por uma parte aquática predominante, sendo a parte emersa composta essencialmente por plantas anfíbias e estruturas como troncos e rochas que emergem da água.
É importante decidir ponderadamente o tipo de montagem que se deseja visto que irá restringir o leque de espécies que se podem manter, tanto de plantas como de animais.
Nos próximos capítulos irei dar indicações de construção para estes 3 tipos de setup, bem como informações de plantas e animais que se podem manter.
Deixo algumas fotos de um aqua-terrário que mantive o ano passado, onde misturei anfíbios arborícolas, ciclídeos anões e camarões de água doce.
fevereiro 06, 2009
Aquário Biótopo I - Amazónia
Neste post venho mostrar o meu primeiro aquário biótopo. Já há bastantes anos que pretendia manter Microgeophagus ramirezi, um pequeno ciclídeo americano que tinha a reputação de exigir cuidados minuciosos ao aquariofilista.
Como a minha experiência em aquariofilia com controle da química da água já excedia os 2 anos, decidi montar um aquário que recriasse as condições de vida selvagem deste pequeno peixe.
Umas pesquisas por diversos motores de busca deram-me informações sobre as espécies que habitavam na zona geográfica dos Ramirezis, levando-me a optar por
(fauna)
Paracheirodon innesi
Corydoras paleatus
Ottocinclus affinis
Pomacea bridgesii
(flora)
Echinodorus "Ozelot"
Echinodorus bleheri
Sagittaria subulata
Vesicularia ferriei
Ficam umas fotos do resultado final
Como a minha experiência em aquariofilia com controle da química da água já excedia os 2 anos, decidi montar um aquário que recriasse as condições de vida selvagem deste pequeno peixe.
Umas pesquisas por diversos motores de busca deram-me informações sobre as espécies que habitavam na zona geográfica dos Ramirezis, levando-me a optar por
(fauna)
Paracheirodon innesi
Corydoras paleatus
Ottocinclus affinis
Pomacea bridgesii
(flora)
Echinodorus "Ozelot"
Echinodorus bleheri
Sagittaria subulata
Vesicularia ferriei
Ficam umas fotos do resultado final
Acabado de montar
Alguns habitantes
Com duas semanas de vida
Com cerca de 2 meses de vida. Com as plantas bem estabelecidas e as condições equilibradas o crescimento é notável
Alguns habitantes
Com duas semanas de vida
Com cerca de 2 meses de vida. Com as plantas bem estabelecidas e as condições equilibradas o crescimento é notável
http://fish.mongabay.com/
http://www.seriouslyfish.com
http://www.plantgeek.net/
http://www.tropica.com/default.asp
http://www.seriouslyfish.com
http://www.plantgeek.net/
http://www.tropica.com/default.asp
Montagem de aquários - Parte I
Existem muitas maneiras de montar um aquário e todas dependem das espécies que queremos manter.
Desta forma, quando pensamos em montar um aquário, devemos sempre planear previamente o que queremos fazer dele, isto é, se queremos um aquário cujo ponto de interesse sejam os peixes ou, pelo contrário, as plantas.
A meu ver, existem essencialmente 4 tipos de aquários:
Depois de escolher a fauna e a flora que se pretende manter, é necessário escolher as dimensões do tanque. Essas dimensões poderão limitar o número e variedade de peixes e plantas que se podem manter, sendo necessário estabelecer um compromisso entre o que se quer manter e o orçamento disponível. De um modo geral, tanques em que a profundidade e altura são metade do valor do comprimento, dão origem a resultados mais apelativos do ponto de vista estético. Isso deve-se ao facto de se disponibilizarem mais camadas de plantação, o que confere maior "profundidade" ao aquário, como veremos num próximo capítulo.
É importante referir que quanto maior o aquário, menor será a dificuldade de manutenção, pois é necessário muito mais tempo para que as condições de equilíbrio sejam perturbadas. Por outro lado, a montagem e processo de ciclização de aquários grandes aumentam com o seu tamanho.
Depois de escolhido o plano do aquário que se deseja montar, segue-se a escolha do equipamento (próximo capítulo)
Desta forma, quando pensamos em montar um aquário, devemos sempre planear previamente o que queremos fazer dele, isto é, se queremos um aquário cujo ponto de interesse sejam os peixes ou, pelo contrário, as plantas.
A meu ver, existem essencialmente 4 tipos de aquários:
- Aquário comunitário: provavelmente este é o tipo de aquário mais comum, onde são mantidos peixes e plantas provenientes de diferentes zonas geográficas em condições que satisfaçam todas as espécies de um modo geral.
- Aquário biótopo: neste tipo de aquário pretende-se recriar um habitat natural de um grupo de peixes e plantas, quer em condições de água quer em aspecto. Geralmente, um aquário biótopo requer mais preparação que outros tipo de aquário, pois é necessário determinar as espécies de fauna e florfa que existem no habitat que queremos recriar, as condições de água que necessitam, e a sua compatibilidade.
- Aquário de espécie: geralmente indicado para fauna, este tipo de aquário destina-se a albergar apenas uma espécie de peixe o invertebrado, onde as condições da vida selvagem são recriadas. Este tipo de aquário é muitas vezes utilizado em espécies wild caught que se pretendem reproduzir em cativeiro
- Aquário plantado: os aquário plantados ganharam relevância nas últimas duas décadas, muito devido aos trabalhos de Takashi Amano, que introduziu o estilo Nature na aquariofilia. Utilizando esta técnica, são muitas vezes recriadas paisagens terrestres variadas, desde planícies verdejantes a escarpas montanhosas. www.takashiamano.kit.net
Depois de escolher a fauna e a flora que se pretende manter, é necessário escolher as dimensões do tanque. Essas dimensões poderão limitar o número e variedade de peixes e plantas que se podem manter, sendo necessário estabelecer um compromisso entre o que se quer manter e o orçamento disponível. De um modo geral, tanques em que a profundidade e altura são metade do valor do comprimento, dão origem a resultados mais apelativos do ponto de vista estético. Isso deve-se ao facto de se disponibilizarem mais camadas de plantação, o que confere maior "profundidade" ao aquário, como veremos num próximo capítulo.
É importante referir que quanto maior o aquário, menor será a dificuldade de manutenção, pois é necessário muito mais tempo para que as condições de equilíbrio sejam perturbadas. Por outro lado, a montagem e processo de ciclização de aquários grandes aumentam com o seu tamanho.
Depois de escolhido o plano do aquário que se deseja montar, segue-se a escolha do equipamento (próximo capítulo)
fevereiro 04, 2009
Anfíbios
Os anfíbios são animais de sangue-frio cujo ciclo de vida é composto por uma fase inicial aquática, seguida de uma fase terrestre que tem origem com uma metamorfose. São exemplos disso as rãs, os sapos, as salamandras...
Estes animais ocupam os mais variados nichos ecológicos e são actualmente considerados como indicadores ambientais. Com efeito, de entre todos os grupos de seres vivos, os anfíbios são largamente os mais afectados pelas alterações climáticas e poluição, admitindo-se que mais de metade de todas as espécies esteja actualmente em vias de extinção. Isto deve-se ao facto de estes animais dependerem da terra e da água para compeltar o seu ciclo de vida, bastando o distúrbio de um deles para serem afectados. Para além disso, a sua pele fina que lhes permite viver nos dois meios, é muito permeável a poluentes.
Uma das principais ameaças a este grupo de animais é o fungo chytridiomycota, disseminado globalmente por carregamentos de exemplares da espécie Xenopus laevis, muito comum em lojas de aquariofilia. A introdução deste fungo em ecossistemas pode levar à eliminação de toda a população de anfíbios e actualmente não se conhecem meios para a sua erradicação.
Existem diversos programas para a preservação da diversidade biológica de anfíbios, sendo provavelmente a "Amphibian Ark" o mais conhecido. Esta organização é composta por diferentes grupos especializados em anfíbios e preservação da vida animal. São desenvolvidos diversos programas para a reprodução em cativeiro de espécies ameaçadas que envolvem inúmeros jardins zoológicos de todo o mundo, onde as espécies são mantidas até que a sua sobrevivência no meio selvagem seja assegurada.
A nível particular, a manutenção das espécies comerciais e a tentativa da sua reprodução nos nossos terrários poderão trazer novas informações estas iniciantivas. Para além disso existem programas de voluntariado nos quais pessoas mais experientes neste hobby podem participar.
Deixo alguns links com informações relevantes
www.mongabay.com
www.amphibianark.org
www.saveafrog.com
http://talkto.thefrog.org/index.php?action=vthread&forum=3&topic=14868
Etiquetas:
Anfíbios,
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Peixes ornamentais,
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